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Mostrando postagens com o rótulo desigualdades sociais

O mito do direito penal que defende a sociedade: sistema seletivo classista que expressa e reproduz a injustiça social.

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Toda vez que acontece uma chacina ou confronto policial retorna o conceito de que pobre e morador de periferia são bandidos. É insubsistente essa visão que criminaliza todo um grupo social, que conforma a personalidade de uma minoria de indivíduos como “socialmente perigosa”. Alguns assuntos de fato cansam, mas se vira e mexe eles permanecem em discussão em vários ambientes, então temos que enfrentá-los. O argumento dessa concepção da criminalidade é que seria fundamental “ver o crime no criminoso” porque ele é sintoma revelador de conduta perigosa (antissocial), para a qual se deve dirigir uma adequada “defesa social”. Subjacente a visão que criminaliza todo o grupo social e indivíduos há o pressuposto de que ser criminoso constitui uma propriedade da pessoa que a distingue por completo dos indivíduos e grupos normais. Estabelece-se um falso amparo “científico” a tal concepção entre o (sub) mundo da criminalidade, equiparada à marginalidade e composta por uma “minor

DESVENDANDO A ESPUMA: O ENIGMA DA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA - RENATO SANTOS DE SOUZA

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RESUMO : O reacionarismo da classe média brasileira em função da supervalorização da meritocracia .

A GENTE NÃO QUER SÓ "IGUALDADE DE OPORTUNIDADES"; A GENTE NÃO QUER SÓ “JUSTIÇA SOCIAL”, A GENTE QUER “SER SUJEITO”, ALÉM DE DIVERSÃO E ARTE, PARA QUALQUER PARTE (PARA LEMBRAR OS VELHOS TITÃS).

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Ao velho bolchevique Rômulo Rodrigues, que foi uma imensa satisfação conhecê-lo nessas eleições 2014, pois com seus mais de 70 anos me mostrou como ser jovem e como renovar o pensamento. RESUMO : O vídeo que abre esse artigo mostra como o trabalho coletivo e autogerido possibilita que todos sejam atores e autores da vida social. Com isso se quer dizer que a igualdade de oportunidade não pode ser a solução para todos os males da desigualdade social brasileira – ainda que ela tenha que ser uma política amplamente implantada. O debate envolve a escolha de políticas sociais para além do campo da arrecadação fiscal, da destinação orçamentária e do controle social sobre a política. O debate da igualdade de oportunidade fechado em si mesmo impede a construção de uma sociedade que defina democraticamente o que será produzido e distribuído da riqueza social, como, onde, porque e por quem, isto é, tolhe a construção de sujeitos sociais para além de cidadãos.

VÍDEO : A IDEOLOGIA DOS AMBIENTALISTAS, POR SLAVOJ ZIZEK

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As teses de Zizek são: a ecologia (junto com todos os problemas que ela trata) é uma nova religião – o novo ópio do povo. Por quê? Porque se trata de uma problema que engloba tudo e todos (a humanidade), que está além do âmbito social (afinal, a natureza não é considerada como um produto social, mas como algo em-si) e que nós, enquanto indivíduos, já carregamos culpa desde de que nascemos, pois somos parasitas do planeta Terra. (1) Com esta visão, Zizek tenta mostrar que toda a política se transforma em administração, pois todos se encontram do mesmo lado, todos têm os mesmos pressupostos, não há outra opção nem outra alternativa possível. Tudo é utopia irrealizável. Desta forma, o discurso ecológico é apresentado como mais uma maneira de desfocar essas lutas estruturais para um problema agregador, um problema global, da humanidade, um problema de uma sociedade que não tem mais problemas político-sociais estruturais.  O cidadão comum faz sua parte e temos a supressão dos

A IDEOLOGIA E OS INTERESSES ECONÔMICOS DE ALGUNS AMBIENTALISTAS E ORGANIZAÇÕES ECOLÓGICAS.

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RESUMO : A partir da exposição, em linhas gerais e diretas, do pensamento do filósofo Slovoj Zizek sobre o movimento ambientalista, utilizo-o para submeter à crítica a ideia de que uma grande contribuição está sendo feita se cada um cuidar do seu lixo, pois tal parece ser a ideia preponderante em certo segmento social brasileiro. Com isso, alcança-se que aquela forma de pensar oculta a dimensão política envolvida na crise ambiental. Além disso e de modo secundário, isso expõe argumentos contrários a certos segmentos ambientalistas de organizações internacionais e seus representantes políticos, tal como a novel candidata Marina Silva. Jornal O Estado de São Paulo, em 28/09/2011

SOBRE DEMOCRACIA E LEGALIDADE, POR ANTONIO GRAMSCI.

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RESUMO : Até onde vão os limites da legalidade? E que momento deixam de ser respeitados? pode-se dizer que, no campo substancial, a legalidade é determinada pelos interesses da classe que detém o poder em cada sociedade concreta. O Estado burguês é o Estado liberal por excelência. Nele, todos podem expressar livremente seu pensamento através do voto. Na verdade, no Estado burguês, a legalidade reduz-se a isto: ao exercício do voto. A conquista do sufrágio pelas massas populares apareceu aos olhos dos ingênuos ideólogos da democracia liberal como a conquista decisiva para o   processo   social da humanidade.

Em uma sociedade que tem por regra a desigualdade, o acesso aos bens materiais e culturais reflete muito mais a falta de oportunidades do que a incapacidade.

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Quando intelectuais, imprensa e classe média em geral discutem o acesso aos bens materiais e culturais falam, quase sempre, da necessidade imperiosa de se implantar uma meritocracia no país. Afirmam que falta um sistema que privilegie o mérito e as pessoas que efetivamente trabalham. Ou seja, o vulgarizado ditado popular “se deve ensinar a pescar e não dá o peixe” vem na ponta da língua. Todavia, eles esquecem: