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A CULTURA DA VIOLÊNCIA: NÃO SE PODE IGNORAR DE ONDE PARTE O DISCURSO DE ÓDIO. NÃO SE PODE IGNORAR A OMISSÃO DAS INSTITUIÇÕES

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“Se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós” (general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro). Começou campanha publicitária supostamente em defesa do direito de opinião, de respeito as divergências de ideias e de valorização da pluralidade política. Certo, né? Certíssimo. Pleno acordo! A cultura da paz e pela paz é necessária e bem-vinda. Sempre! Todavia, essa campanha publicitária se faz em qual contexto? Quem são e quais instituições proclamam o discurso de ódio e como fazem isso? Quem acoberta, inclusive pela omissão? Como se dá a relativização das condutas violentas que já deveriam ter sido criticadas e penalizadas? Quem são e quais instituições pedem paz tomando o chá das cinco? Não defendemos aqui o acirramento da violência e qualquer sentimento de vingança. Mas discordamos da visão enviesada sobre a igualdade. Quem têm direitos violados e/ou estão morrendo são os pobres, pretos/as, gays, mulheres, ati

A EXPERIÊNCIA DE PARTICIPAR DE GRUPO DO WHATSAPP DO BOLSONARISMO: HORROR E APRENDIZAGEM

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     O bolsonarismo se articula como um rizoma, uma rede descentralizada, um formigueiro em que indivíduos vão produzindo montagens, memes, notícias falsificadas, paródias. Algumas delas (como a falsa notícia de que Haddad teria distribuído mamadeiras em forma de pênis) viralizam para milhões de pessoas. Nesse terreno, a contra-argumentação é inútil. É preciso falar na mesma linguagem, com ética e verdade. O texto trata-se de um relato de experiências em grupos bolsonaristas de Whatsapp, não sei de que é o texto. Mas reproduzo aqui pela importância. Passei as duas últimas semanas da campanha do 1˚ turno infiltrado em grupos bolsonaristas de Whatsapp, tentando roubar-lhe votos, sempre em conversas privadas, fora do grupo, iniciadas com eleitores que me pareciam mais suscetíveis à dúvida. Não sei quanto sucesso tive, mas acredito ter lhe tirado, sim, algumas poucas dezenas de votos. Relatar essa experiência, a quem interessar possa, é o objetivo das linhas que seguem. 1

30 ANOS DA CONSTITUIÇÃO CIDADÃ: DOS CONSTRANGIMENTOS ECONÔMICOS À AMEAÇA AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

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Ao longo de 30 anos, a sociedade brasileira assistiu a frequentes embates sobre o financiamento dos direitos fundamentais, diante da disputa pelos recursos públicos entre as classes sociais antagônicas. Atualmente assistimos a uma mudança de valores extremamente acelerada de apologia ao fascismo, por causa do impacto da modernização conservadora, que modificou as interpretações vigentes sobre a nossa sociedade e nosso lugar no mundo (ainda desdobramento daquela disputa pelos recursos públicos). No entanto, a elaboração de um novo modo de pensar o Brasil não será tranquila nem de aplicação imediata, pelo contrário, estaremos na resistência e prontos para implantar uma sociedade justa e igualitária. Não aceitaremos o desenvolvimento econômico separar-se da democracia, realizar-se sob uma ditadura e desvincular-se de um projeto de autonomia nacional.     

SÃO DIREITOS TRABALHISTAS, SEU GENERAL DE PIJAMA!

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O candidato a vice, Mourão, da chapa do presidenciável Bolsonaro quer acabar com o 13º salário. E isso após a destruição de boa parte dos direitos dos trabalhadores por meio da contra reforma trabalhista, apoiada e votada pelo Bolsonazi. Defendemos é a revogação das Leis nº 13.429/2017 e 13.467/2017, que tratam do trabalho temporário e a chamada reforma trabalhista. Para além da agenda conservadora nos costumes, esses candidatos defendem um modelo neoliberal, onde o capitalismo selvagem estaria a conduzir a Nação. O nacionalismo deles é made USA. Existem meses do ano que têm quatro semanas e outros com cinco semanas. Nos meses de cinco semanas, você trabalhou uma semana inteira a mais, mas seu salário no final do mês não mudou. Ele continua correspondendo ao trabalho de quatro semanas. O que aconteceu com esta semana a mais? Ela será devolvida em forma de 13º. Ele, portanto, não é um brinde que Papai Noel trouxe para você. Ele é seu direito trabalhado. É um “mês fic

A QUESTÃO DO DIREITO EM MARX

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A sugestão de leitura do livro de Bilharinho vem a calhar no momento em que se passa por uma crise e se buscam saídas dessa crise. É verdade que cada sugestão de saída correspondente a uma visão social de mundo. Mas isso não é problema, se de modo direto e honesto revelamos o pressuposto ideológico subjacente contida na proposta de saída da crise. Ou seja, é válida sempre que se seja honesto ao admitir os pressupostos que lhe orientam e lhe posicionam enquanto observadores subjetivos. Disponibilizado pelo Blog/Site MARXISMO 21